Simplicíssimo

insônia

À noite em casa não consigo dormir.
Taciturno, ando a esmo na noite silenciosa.
e como resposta aos meus anseios
e sem sono ligo a tv.

nada pra ver!!

pego um livro pra ler
fico a mexer página por página…
me canso!

Vou até a porta de entrada
dirijo-me ate o portão
escuridão!

e na solidão da madrugada
fico a olhar a lua malcriada
que nem olha pra mim.

por um momento naquela solidão
penso na minha amada
que dorme um sono profundo
ah, mundo!!

olho pro céu onde as estrelas brilham
num silêncio estarrecedor

um gato aqui, outro acolá!
um cão viralata passeia silencioso
talvez à procura de comida

De repente fecho os olhos
pra perceber a solidão da madrugada
ouço bem longe alguma gargalhada
deve ser alguém também como eu
insone

naquele momento pareço ser o dono do mundo
dono da madrugada. Só eu naquele deserto
e mais ninguém. devem ser 3h30, não sei.
vejo pela posição da lua…
a lua-que mal-clareia!

Resolvo voltar pra dentro de casa
fecho o portão, respirando um pouco de ar fresco
e fecho a porta.
vou para o quarto onde me aninho na quentura
do corpo da minha amada.

agora sim, começo a pegar no sono.
Era a falta do calor do corpo dela
que me deu insônia.

Agora sei que dalí pra diante não sentirei insônia.
Se soubesse do calor dela não teria andado pela casa toda perdendo tempo
em saber uma solução para conseguir dormir.

Afonso José Santana

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