O arauto destilava no céu notas incandescentes
enquanto um querubim cochilava mui indecentemente
na décima primeira nuvem do ano de 1983.
Cansado de vôos noturnos e passageiros, ele,
sem perceber, pousava, arcanjamente nu,
num domingo, número dez da folhinha.
Viu-me pequena, porém não me ignorou a matéria
e me ensinou a navegar nos tempos e espaços
e a rir como se sempre houvéssemos sido.
—
Para Osíris Neto no seu ANJINIVERSÁRIO!;)
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