As atuais propagandas do Tribunal Eleitoral inundam a programação de TV do Brasil, com bom humor e um sarcasmo que, quisera eu, surtisse o efeito desejado na população. No entanto, aqui no Brasil, democracia é eleição. É nessa hora que o político lembra-se do eleitor, faz asfalto, pinta as ruas e praças e visita todos os bairros do município onde atua.
O eleitor, por sua vez, permanece inerte pelos 4 anos, sem abelha, sem dancinha ridícula de sapateado ou sem andar em círculos. Somente busca na memória as últimas realizações do seu prefeito, na hora da eleição, e acaba percebendo a cidade limpa, as praças e ruas pintadas e o asfalto recapado da rua próxima de sua casa.
A democracia terá um novo paradigma neste país quando o eleitor tiver a capacidade de avaliar criticamente os últimos quatro anos. Dessa forma, começará, efetivamente, a existir a incomodação pertinente das coisas erradas, dos desvios e descasos com os bens públicos, como uma pulga atrás da orelha que avisará no dia da eleição para ter mais cuidado com os próximos 4 anos.
Para finalizar, creio que somente com educação de qualidade poderemos atingir o mínimo necessário de criticidade para uma escolha realmente democrática.
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