O avião consegue planar e aterrisar de barriga em perfeitas condições, mas em alto-mar. Começa, imediatamente, a afundar. Você amarrado ao cinto com um assento que não solta. A água começa a subir e você preso ao cinto, tentando de desvencilhar e ainda ter o assento como apoio de flutuação. Eis que surge a proposta: trocarias tua vida pela de tua mãe?
E novamente, a resposta seria: "É claro que não". Por que, então, esta resposta seria diferente se fosse referente aos amigos, colegas, esposas ou a mãe de algum destes? Fatalmente existiria a dúvida e, num momento crucial como este, você entregaria qualquer um deles. Trocar de vida, por vezes, não é apenas aniquilar ou exterminar uma pessoa, pode ser simplesmente permear seus sonhos, minar suas defesas, entregar suas fraquezas a seus inimigos.
Por isso, antes de ganhar créditos por deméritos de outros é bom colocar-se um pouco no lugar da outra pessoa. Todos temos defeitos, mas o maior deles é, com certeza, a capacidade de vender até a própria mãe para conseguir o que se quer ou impedir que outra pessoa consiga.
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