Existem inúmeras pessoas que formam-se e entram nessa carreira porque responderam a pergunta chave pela metade, ou gostam de aprender ou gostam de ensinar. No entanto esse é o caminho da mediocridade. Para estes o presente deve ser de dor, desapontamento e falta de realização pessoal. Alguém que goste de aprender poderá ser um grande pesquisador ou cientista, mas não um grande professor. O contrário também cai na mesma vala porque a necessidade de aprender tem de ser constante para tornar-se e manter-se um grande mestre.
Para os que persistiram na profissão são poucos, infelizmente, que não ficaram desmotivados pelas condições a que foram e/ou estão submetidos. Estamos vivendo um momento decisivo para o futuro do conhecimento nacional. Poderemos continuar consumindo e assimilando cultura e tecnologia importada ou passar para um novo momento de modificar e aperfeiçoar tudo que chegar ao nosso convívio. Para criticar e desenvolver novas e, por vezes, revolucionárias idéias é preciso conhecimento para discernir, adaptar, criar. Este, por sua vez, adquire-se na escola ou deveria ser adquirido.
Quais os rumos da educação nesse país? Talvez a crítica esteja em falta, pois a maioria das pessoas que enviam seus filhos à escola estão mais preocupadas com a criminalidade, com a merenda e com a aprovação do que com o conteúdo e a formação que seus filhos estão recebendo. As escolas privadas são melhores, mas até que ponto? Grande parte delas sucumbem nas relações de poder implantadas pela necessidade de receitas para custear suas despesas e as necessidades equivocadas de alguns pais.
É hora da vocação prevalecer. Aos professores: assumir e praticar uma postura de mestre; aos gestores das escolas: controlar efetivamente o ensino, a merenda e a área física à disposição. Aos pais, a mais importante função, questionar e orientar seus filhos sobre a necessidade e a oportunidade que o conhecimento lhes dará para que no futuro possam orgulharem-se de si próprios, de sua educação e de seu país.
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