Simplicíssimo

O FATWA contra Mainardi

A única forma de assistir Manhattan Connection é tomando um bom vinho, no meu caso, hoje, Ricon de Oro, Mendoza – Argentina, de 2004, contudo, vinhos não devem ser abertos e conservados depois de abertos, mesmo do almoço para a janta, é tão ruim para o vinho como para quem o bebe… Vou terminar o sacrifício assim mesmo.

Estou assistindo o programa por um único: quero ver o que o Diogo Mainardi vai dizer sobre o fatwa contra ele lançado por um panfleto, antes contra a ditadura, hoje, um folhetim governista. Para os de fora:

FATWA foi o que sofreu o escritor Anglo-Indiano Salmon Rushid que, pelo seu livro Versos Satânicos, onde questiona diversas religiões, entre elas o Islamismo, acabou tendo sua morte premiada por um líder de estado, um Iatolá, que jurou premiar o assassino deste escritor com 1 milhão de dólares e uma eternidade no paraíso. O decreto atrapalhou bem a vida do escritor, uma vez que empresas de transporte aéreo, hotéis e várias outras se recusavam a atendê-lo temendo um atentado contra ele que tivesse colaterais. O Iatolá morreu sem retirar o FATWA, mas seu sucessor o fez, contudo, segundo tradições Islâmicas, apenas quem decretou o FATWA pode removê-lo, o que leva a crer que algum religioso mais cego, mesmo sem a recompensa em dinheiro, ainda possa a vir querer matá-lo…

Sobre o DIOGO MAINARDI, um jornal do MR-8 publicou, sobre a eterna briga entre ele e o ex-jornalista e atual ministro Franklin Martins:

Condenado com seus patrões da "Veja" a pagar 30 mil reais ao mistro Franklin Martins, em processo por calúnia, o garoto de programa Diego Mainardi houve por se auto intitular "o Bacuri do petismo".

Bacuri foi martirizado por 109 dias seguidos no Deops e perdeu a vida em 1970 por negar-se a revelar aos algozes informações que pudessem prejudicar o andamento da luta revolucionária contra a ditadura. Foi um herói na plena acepção da palavar.

Já o pequeno canalha perdeu apenas algum dinheiro.

Sabemos o que o vil metal significa para o certo tipo de pessoa. Ainda assim, ao que tudo indica, ele está pedindo para perder algo mais.

Pode ficar tranquilo. Não faltarão almas pias para fazer sua vontade.

Lamentável este tipo de ameaça poder ocupar o editorial capa de uma publicação, mesmo uma publicação pasquinha, pequena e puro panfleto do governo, que segundo consta, no dia seguinte à publicação da ameaça barata de morte, recebeu um anúncio de meia página do governo federal. Como costuma dizer sabiamente Boris Casoy,

"isto é uma vergonha"…

Luiz Emanuel Campos

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