Simplicíssimo

Blue(…)

Um blues, lento e lascivo. É tudo o que me vem á mente agora. Um blues de azul, um amigo meu que não me deixou na mão. Há diversas maneiras de se pedir perdão. Talvez uma delas seja perdoando. Eu faço a minha parte, ás vezes. Tentar se redimir. Redimir-se, lascivamente, feito o blues. Música romântica com libido de brega, coisa de Cazuza. Não me interessaria pelas coisas mais fúteis, mas , como já dizia meu pai, ser eclético só traz

Um blues, lento e lascivo. É tudo o que me vem á mente agora. Um blues de azul, um amigo meu que não me deixou na mão. Há diversas maneiras de se pedir perdão. Talvez uma delas seja perdoando. Eu faço a minha parte, ás vezes. Tentar se redimir. Redimir-se, lascivamente, feito o blues. Música romântica com libido de brega, coisa de Cazuza. Não me interessaria pelas coisas mais fúteis, mas , como já dizia meu pai, ser eclético só traz mais lucros, menos desavenças, mais aprendizado ou expêriencia. Eu não peço pra me ferir, mas mesmo assim eu me machuco. Talvez eu mentalize isso mesmo antes que o estrago apareça, mas não tenho medo. O segredo é não tê-lo. Amarrar o tênis mais uma vez e pôr os pés bem firmes na estrada. Lutar?! Não sei mais onde foi parar essa palavra, ou seu significado. Tô parada, sim, tô. Mas não é pra sempre. As vezes parece que o vento quer que eu me firme, me afirme, me mostre, veja a arte que eu sei fazer, porque há tempo nã´á vejo.

Um blues, ou dois. Não sei. Ficam tocando o tempo todo. Taí a tese de que toda uma vida tem de ter vida sonora. Bom, eu me vejo mascando o tabaco do velho oeste. E isso é quase sempre. Porque no final das contas, essas situações fazem a cintura dançar e rebolar conforme a música, mesmo que não seja meus blues, meus trançados dedilçhados de violão, as palavras da poesia que as vezes deixo pra trás, só pra arriscar um pouco de simpatia ao que eu tenho aversão.Futilidade, é a palavra, o avesso de um blue, o amigo da falta do que fazer. A futilidade, é só chutar uma pedra e ver.

Só isso. Será que eu lembro que eu não existia, uma vez?! As dificuldades eram feito latas que eu chutava no caminho. Coisas que foram pro mundo, adiadas , que agora voltam pra mim, mas que não incomodam muito, ás vezes, só minha consciência. E vem aquele blue. De gaita de boca, acordes lentos, sem parar, tipo o sexo frenético. O sexo urbano, o cheiro das ruas, sempre urbanas. Não, isso realmente não mudará.

Se quiser me dar algo, dê-me um blue. Dois, ou três. Dê-me meu mundo, algo que eu possa ter pra sorrir. Não peço por muito, só peço que compreenda. Assim como eu compreendo. Assim como as coisas se passam naturalmente, o tempo, ou o vento, ou clichês. Não, eu não preciso esperar pelo sinal, mais uma vez, eu quero realmente é pôr meu bloco na rua agora.

Agora(…) e espera por mim. Cola em mim. Gruda em mim. Fica aqui. Fica perto.

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Maria Ana Maioli

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