I-racional
Num me correge que eu pioreio 3/X
Quiria fazê as coisa serta
aviãozinhu, quiria vuar
o pó quiria xerar
-x-x-x-
vou colher aromas do campo
hortelã com casaco de lã
para esquentar meu amor
-x-x-x-
Muito se fala sobre racionalidade. Existe muita discussão acadêmica sobre o assunto e também muitos questionamentos cotidianos sobre a racionalidade de certas ações de pessoas isoladas ou de grupos de pessoas e até mesmo de sociedades inteiras.
Discutem-se desde práticas culturais de sociedades primitivas tais como somo extirpação de clitóris, mortes por apedrejamento devido a adultérios. Também são discutidos aspectos relacionados com pequenas decisões diárias, tais como a compra de um bem ou relacionamentos amorosos.
O que é discutido em pequenos grupos e, tal qual o sistema em que vivemos é a questão do utilitarismo. Dificilmente discutimos as coisas como elas são, tergiversamos sim, sobre o quanto úteis para nós é determinado item.
Tudo é classificado, enciclopédias mil fazem a pré-ciência da ordenação. Ordenações simples baseadas em critérios únicos ou alguns poucos pontos de convergência.
Vivemos na era da separação: lixo, divórcios, povos, ideologias. Pior separação ainda é aquela estabelecida por critérios distintos da sobrevivência e segurança. É a separação do igual, criando divergências para separar vidas humanas.
Escolhas de poucos com um critério único de escolha: é útil somente o que virar dinheiro, fácil e rápido. O resto que se lixe, ou melhor, é lixo! De preferência orgânico, já que é bonito cobrar para respirar e agora é possível transformar a poluição dos ricos em impostos sobre o ar que todos nós respiramos.
De ré na contramão, feliz da vida, pois só pago quando respiro. Ainda bem que estou quase sem ar.
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