Violentos Haikais 95/X
Nunca tinha visto
Criança de porre e velho tarado
Nada ajuizado
Faroeste 81/X
Mais um belo dia assim
Toda Manhosa, cheirosa
Rindo para mim
Existem alguns textos que servem para descrever qualquer tipo de coisa, tomar partido de alguma coisa que nunca se tenha visto ou mostrando que se está engajado em um projeto. Muitas vezes, podemos trocar algumas poucas palavras e saímos de um ambiente de uma padaria para o de um laboratório de pesquisas de ponta.
Textos que não tem nada a dizer nos cercam sem que nada possamos fazer ou dizer a respeito. Não que eu considere isto um fato relevante nesta questão, apenas chego a triste conclusão que a parte técnica de nossas vidas toma um tempo ínfimo. Talvez seja por isto que aquela música do Lulu Santos faça tanto sentido para mim: assim caminha a humanidade, a passos de formiga e sem vontade.
Escrevi isto sem ouvir os discursos do nosso reeleito presidente ou da primeira governadora mulher do Rio Grande do Sul. Porém acredito que isto tenha valido também lá.
Pois, frases bonitas, mas vazias que não enchem bocas famintas de alimento e compreensão.
De qualquer forma sigo atônito com este tipo de acontecimento neste setor da sociedade, no caso, os fazedores de textos e discursos que não dizem absolutamente nada. Fico com medo de também fazer parte deste tipo de gente, sujeitos desalmados, que não tem nada a fazer a não ser avisar pessoas que é necessário por mais lenha no fogo, porque sequer poderiam se mexer para fazer isto.
Proponho um exercício bem simplicíssimo, vá até o começo do meu texto e o transforme, falando de política, economia, futebol, engenharia, mudanças em uma empresa ou qualquer outra coisa que quiser e vais ver que tudo não passa de Lero-lero (este texto não foi copiado de lugar nenhum, mas poderia ter sido…)
De ré na contramão, porque estou cheio de Lero-lero.
Comente!