Violentos Haikais 128/X
Amor em desarranjo
Esta raiva de tu
Como a Malu.
Faroeste 113/X
Tranqüilidade, coração
Paz e Harmonia, sintonia
Carinho e paixão
Muitas vezes, quando abordo o tema casamento com uma mulher, tenho a impressão que o sonho de cada uma delas é entrar numa igreja, vestidas de branco e ouvir de uma suposta autoridade aquele palavrório de sempre, dizendo que o amor é para sempre, que o que Deus une, o homem não separa, etc, etc.
Incrível, o que importa é fazer o que todas as mulheres das suas famílias já fizeram, entrar em uma igreja e casar em frente a um altar.
Tive a oportunidade de assistir dois casamentos em menos de uma semana. Um emocionante, o outro, formalizante. Quando a primeira noiva entrou no altar, metade da platéia, parentes, amigos, ela própria começaram a chorar de emoção. O noivo e quem faria o casamento a esperavam para realizar o casamento. Lindo demais.
No outro, a cerimônia planejada a mais de um ano, estava perfeita. Piaf no piano. Banda de rock e DJ. Homenagem da madrinha. Tudo exatamente como a noiva havia planejado. Lindo para ela, afinal de contas, ela era a homenageada. Ela fez o que quis, sonhou com este dia desde que era criancinha. Nada podia escapar. Do local ao cardápio, das músicas ao DJ. Ninguém chorou, ninguém achou extraordinário, tudo dentro do padrão. Casou-se com a burocracia, mas tinha um Padre para avalizar.
Um casamento foi narrado, contando as histórias de cada um, como se conheceram, como pintou o amor. No outro, chuva de pétalas, pedaços de flores mortas, caíam do céu. Enquanto sem Padre a cascata dava o tom que emocionava, o sacerdote pronunciava palavras decoradas com pressa, pois ainda tinha mais um casamento para realizar.
Casamento de verdade é puro amor. Amor que se vê nos olhos e no coração e não em uma cerimônia unilateral pensada para seu ego e sua bisavó.
De ré na contramão, a favor casamentos, desde que se tenha amor.
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