Simplicíssimo

Catarse


Suavemente frágil, fielmente amorosa, capaz de sonhar delicados amores como impossíveis e chorar os limites tênues da vida.
Foi assim quando olhei em ti e notei a rigidez de tua face…

Vi lágrimas a encobrir tua ternura, como um sopro a espantar tal desventura.
Sopro purificador de almas, momento de purgação de um sofrimento atroz.
Instante pungente daquela que expõe a sua dor, sem medo de mostrar-se ao mundo.

Percebo em teus gestos cansados um jeito de quem não crê mais na vida. Falas de amores vividos, de laços desfeitos e da vida por refazer.
Há gritos que falam pela alma dorida, de desencantos que são teus e meus…
Há momentos de belezas infindas, em cada gesto teu, quando choras a pedir carinho que as mãos do mundo te negaram um dia…

Existem pessoas que, ao falarem de suas vidas, não só nos encantam como nos possibilitam a chance de poder rever conceitos e caminhos outros nunca antes imaginados. Suas palavras parecem um raio de luz que acende o escuro das almas daqueles que enxergam mas não entendem o que seja ver.

Recife, 31 de agosto de 2006

Luiz Maia
http://geocities.yahoo.com.br/maialuiz/     
msn: luiz-maia@hotmail.com    
SKIPE – luizmaia1 
Autor dos livros "Veredas de uma vida", "Sem limites para amar" e "Cânticos". – Edições Bagaço – Recife/PE.

Luiz Maia

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