Simplicíssimo

A Grande Cooperativa Mundial

Um dia pensei: nossa, com tantas pessoas neste planeta, a maioria delas com algum tempo por dia para pensar, outras com muito tempo para pensar… Mas pensar em quê, você dirá! Ora, pensar em soluções para nossos problemas. Aí surgem novos problemas (como sempre!!!): quais são os nossos problemas? Quem é capaz de identificar esses problemas? E que significa nossos? Bem acho que essas questões são ao mesmo tempo fáceis e difíceis de responder (a isso chamamos de paradoxo). Difíceis porque cada pessoa pode ter para si uma noção do que está lhe incomodando em sua vida e em suas relações com os demais, o que está lhe faltando para atingir a felicidade, quais são os valores e bens que mais lhe dão prazer e interessam. Cada um de nós se indagado sobre quais os problemas que afligem a humanidade atualmente iria responder ao menos algum dos seguintes: fome, guerra, falta de amor, desesperança, ganância, tristeza, incompreensão, egoísmo, violência, agressão à Natureza, poluição, barulho, incomunicabilidade entre semelhantes, invasão de privacidade, transportes caóticos, falta de energia, bens materiais excessivamente caros, assim como mão-de-obra ou muito cara ou de má qualidade, perda de valores morais e éticos, analfabetismo, carência de cultura, falta de inteligência por parte dos governantes, insatisfação sexual, tecnologização e desumanização progressivas e excessivas, desarmonia, injustiças dos mais variados tipos, barbárie e canibalização social, intolerância, falta de afeto, fraternidade e compaixão, falta de tempo e escuridão da alma humana. Fáceis porquê todos estamos carecas ou cabeludos de saber (ou pelo menos deveríamos ter essa consciência!) que para que os problemas do nosso microcosmo (pessoal, familiar, social estrito) sejam resolvidos satisfatoriamente, deixando-nos felizes, devemos colaborar e resolver os problemas do nosso macrocosmo (social amplo, a comunidade que habita este planeta como um todo). Dessa forma, se eu não quiser ter meu carro roubado ou não quiser dar dinheiro para o cara que vai ficar “cuidando” do meu carro não roubá-lo ou destruí-lo, ou, de outro modo, não quiser trair meus próprios princípios e minha namorada/esposa ao mesmo tempo (importante lembrar que a traição de uma esposa se aplica no nosso contexto social, pois existem culturas poligâmicas onde notáveis diferenças existem!), temos que pensar em resolver todos os problemas citados acima e mais alguns. É bom ressaltar que todas essas falhas da nossa atual sociedade humana são gerais, dizendo respeito a todos nós e cabe a nós como um todo ajudarmos a solucioná-la. Tá, e aí, você vai dizer. Não falou nada de novo! Tá parecendo aqueles livros de auto-ajuda, que só dizem coisas que todos sabemos mas que precisamos ouvir para nos estimularmos. Bom, eu estou fazendo a minha parte. Agora mesmo escrevendo esse texto, tentando fazer com que você ACORDE, SE SENSIBILIZE, VISTA A CAMISETA, TENHA UMA VISÃO MAIS AMPLA E HUMANA, NÃO SE DEIXE LEVAR POR MAUS EXEMPLOS E CAMINHOS FÁCEIS MAS MORALMENTE ERRADOS!!! Além disso, tenho uma proposta maluca para fazer. Eu a chamei de “A Grande Cooperativa Mundial”. Um nome um pouco megalomaníaco por enquanto mas adequado se chegar a ser o que idealizei. Vou explicar o que ela é:

Pelo Mundo afora, existem pessoas necessitando serviços, materiais, espaço, objetos, enfim, “coisas” em geral. Ao mesmo tempo, neste mesmo Mundo, existem pessoas dispostas a oferecer serviços, materiais, espaços e objetos que não necessitam em dado momento, “coisas” essas que ficam inutilmente paradas em um canto qualquer, sem que ninguém o(a) esteja usando. Por que não catalogar tais bens (i)materiais associando-os ao seu valor na área onde são oferecidos e distribuí-los a quem os necessita, em troca de uma outra contribuição para a Cooperativa por parte do beneficiado? Nos dias de hoje, com o advento estruturação e, definidamente, da entrada profunda da Grande Rede (Teia) Mundial em nossas vidas e culturas, esse trabalho torna-se bastante facilitado, podendo haver rápida comunicação entre as diversas “filiais” da Cooperativa espalhadas pelo planeta. Cada serviço ou bem oferecido e usado, geraria um crédito para o fornecedor deste bem ou serviço, ao mesmo tempo que seria criado um débito para o usuário do bem ou serviço para com a Cooperativa (veja bem, e não para com o fornecedor). Penso que os créditos possam ser ilimitados, mas os débitos devem ser restringidos a uma quantia máxima, talvez determinada pela capacidade de oferecer bens e serviços ou então, igual para todos. Certamente tornar-se-ia necessário realizar um projeto piloto desta Cooperativa em alguma localidade específica, para somente então tentar disseminar a idéia em uma área mais ampla. A estruturação completa desse projeto passa por um longo período de planejamento com uma equipe multidisciplinar envolvendo pessoas capacitadas em áreas do conhecimento como Política, Economia, Sociologia, Filosofia, Relações Interpessoais, Informática, e, provavelmente de áreas como física, matemática e mais especificamente estatística. Se alguém que tomar conhecimento desse projeto tiver interesse em tomar parte, deverá entrar em contato através do e-mail superjazz7@terra.com.br Veja bem, a princípio essa é uma idéia de uma atividade essencialmente civil, feita por pessoas comuns para pessoas comuns, sem envolver entidades governamentais, mas não haveria empecilho algum em haver participação ou mesmo regulação das atividades da Cooperativa por parte dos diferentes Estados. Qualquer comentário posterior, favor entrar em contato através do e-mail acima. Aproveitando o ensejo e o tema do Fórum Social Mundial: “Grande Cooperativa Mundial, em busca de um Mundo Melhor, impossível agora, mas certamente possível amanhã”.

 

Rafael Reinehr

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