Simplicíssimo

O Mistério dos Robôs Assassinos

Desde 1978, 10 operários morreram em acidentes com robôs industriais, no Japão. De tão estranhos, alguns desses acidentes parecem propositais. Um robô, por exemplo, esmagou o técnico que o examinava e um outro deu um golpe mortal de caratê no operário que trabalhava ao lado. Para o professor Keizo Okabe, da universidade de Tóquio, não há nada de misterioso nesses acidentes. Eles teriam sido causados por interferências de ondas eletromagnéticas nos cérebros computadorizados dos robôs. Após um ano de investigações, a equipe do professor Okabe contabilizou mais de 100 problemas graves provocados por esse tipo de interferência. Mas, no caso dos robôs, a culpa das ondas eletromagnéticas só foi aprovada em um ocorrência. As ondas eletromagnéticas são uma presença comum na atmosfera. Podem ser geradas por emissões de rádio e televisão, computadores pessoais, alarmes eletrônicos, etc. Às vezes, os campos magnéticos formados por duas ou mais longas diferentes chegam a se misturar: é a chamada neblina eletrônica, responsável, por exemplo, pela interferência nas imagens das telas de TV. Mas há registro de episódios bem mais sérios, como interferências em radares de aeroportos ou marca-passo que, repentinamente, deixam de funcionar. Mesmo assim, há quem duvide da conexão eletromagnética nos acidentes fatais com robôs no Japão. O superintendente do Centro Regional de Tecnologia em Informática de Santa Catarina, Carlos Alberto Schneider, responsável pelo primeiro laboratório para testes de robôs no Brasil, lembra que "os equipamentos eletrônicos de um robô sempre ficam dentro de caixas blindadas, o que impede qualquer interferência". Para ele, mesmo se houvesse defeito na blindagem, como sustenta o professor Okabe, não caberia responsabilizar as ondas eletromagnéticas: "a interferência pode prejudicar a precisão do robô, mas não o levaria a fazer movimentos para os quais não estivesse programado". Se assim é, permanece a questão: o que fez os robôs japoneses agirem como agiram?

Extraído da edição no 1 de superinteressante, (Noticias Superinteressantes)

Afonso José Santana

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