Simplicíssimo

Let’s Make Love?

Eu pergunto novamente: vamos fazer amor?

Não há nada melhor. Um dia ensolarado. Música boa no cd player. Se a vida tiver algum sentido, deve ser esse. Há algo mais inspirador que o verão? Ninguém que ainda não tenha se conectado com o mar pode responder a esta pergunta. Conectar-se. De fato. Estar com o oceano talvez seja o máximo de proximidade que podemos ter com tudo de mais ancestral, profundo, misterioso e vasto que há na Terra. E quão estupidamente simples e verdadeiro este pensamento me soa…

Como tens passado? Isto será uma coluna ou um diário? Não importa. Simplesmente flui. Fluir. A onda veio e levou embora todos os tormentos, toda dor, toda dúvida. O sol cauterizou as feridas. O vento dissipou a neblina. E tudo se fez novo. A alma pode respirar novamente. Música penetra por todos os poros.

Estou sempre apaixonado: por um livro, uma banda, uma canção, uma pessoa (ou várias) – todas aquelas que de fato me tocam, e para uma em especial – , um trabalho, um desafio, uma meta, o ar. Poderia dizer que estar apaixonado é um estado de espírito, mas, para não cair na metafísica, digo simplesmente que é um estilo de vida. E depende de muito menos coisa do que geralmente se imagina.

Descomplicar. Fazer simples o que se julga complexo. Teorizar menos e sentir mais – a primeira é decorrente da segunda, e não o contrário. Nos ocupamos tanto com preocupações bestas, convenções sem sentido, tradicionalismos infundados, medos bobos. Junte a isso a coragem tão escassa (coragem para o que é bom, coragem para construir, ir a fundo, se entregar) e passamos anos sem viver de fato. Tenho pouquíssimo tempo para reclamar da vida, para desperdiçá-la. Quando a tristeza vem, procuro extrair o mais belo que ela proporciona, e que é de um valor imensurável. Em verdade, a melancolia tem um poder e uma beleza dificilmente comparável a qualquer outra coisa.

Criticar sim, mas criando. Lutar, irar-se e indignar-se: com motivos, razões, equilíbrio.

Eu não sei de absolutamente nada. Poucas vezes sabia exatamente o que estava fazendo. Meus sentidos sobrepujam meu cérebro. E eles sempre se mostraram muito mais confiáveis que a razão. No fundo, a segunda mostra-se apenas uma extensão, uma conseqüência da primeira. Claro que os sentidos, como tudo, precisam de alimento. E assim eles reagem exatamente de acordo com o que recebem. Tudo que se lê, ouve, come, conhece, respira, visita, convive, se relaciona. Travar conhecimento é diferente de relacionar-se. Relação é envolvimento, troca, aprendizado, intensidade. E assim os sentidos, infinitos deles, de todas as áreas e de todos os aspectos, se desenvolvem. E é assim que eu me sinto vivo novamente. Novas texturas, cores, sabores, sensações, pensamentos, experiências, desejos…o mosaico é rico, vivo e ilimitado, ao mesmo tempo que paradoxalmente límpido, coeso e nítido.

Tenho não somente boas, mas as melhores más intenções do mundo. My first breathe after coma. Um homem renascido, completo, revigorado. Sem medo. Sem hesitar. Disposto. Forte. Que vê-se tomado pela graça que recebeu. Convido todos a renascerem onde estão pálidos, letárgicos. Tome em suas mãos. Façamos um brinde a tudo de bom que se inicia! 😉

C’mon, let’s have a good time!

Maurício Angelo

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