A falta de emprego exerce uma pressão esmagadora na auto-estima de um homem. Quanto mais se prolongar o estado de desemprego, tanto mais encurtará o seu moral.
Da Silva estava desempregado há quase dois anos e precisava decidir-se entre duas opções. Dois mundos diferentes.
Herdara do falecido pai uma pistola automática –– modelo antigo, porém, eficiente.
Sem grana e dignidade, ponderava seriamente em dar cabo da própria vida. Bastaria um simples apertar do gatilho e –– pronto: faria parte do “outro mundo”.
Faltou-lhe, no entanto, coragem.
Decidiu, então, optar pelo mundo do crime.
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