A criança escuta estranhos ruídos vindo do quarto ao lado. Corre para lá. Ao abrir a porta, vê, através da semi-escuridão do quarto, um vulto fugindo pela janela.
Imediatamente a mãe puxa a coberta até o pescoço.
“Mamãe?”
“Não tema, querido. Ele já foi embora.”
“Mas quem era?”
“Um ladrão, filho.”
“Um ladrão! E ele fez algo à senhora? Roubou alguma coisa?”
“Não, meu anjo. Ele não me fez nada. Não roubou nada.”
Ao dizer isso, debaixo da coberta, suas mãos a desmentiam. Ao tempo que uma descia pelo ventre, para se aninhar entre as pernas nuas e lassas, a outra subia até o peito, a fim de conferir se o coração ainda estava lá.
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