Simplicíssimo

O Crime

 

 

 

Como ocorreu poucos sabiam, mas os que viram contavam assim:
Existia no bairro um rapaz apaixonadíssimo por aquela a que chamava de Sol. Sol, por sua vez nunca soube, pois andava desiludida da vida. Não acreditava mais no amor, nem se aventurava mais em confiar em ninguém. Um belo dia ela foi surpreendida por um bilhete em sua cadeira onde costumava trabalhar. O bilhete dizia o seguinte em letras mal escritas:
Abre o olho, senão vai acontecer um crime. Um desastre.
Ela ficou preocupadíssima e tentou secretamente descobrir. Observou a todos detalhadamente e não conseguiu chegar a conclusão nenhuma. Até que sem querer ouviu um diálogo que esclareceu as coisas. Era entre o mais calado de todos dali e uma mulher mais velha que parecia ser sua mãe:
 – Menino, você é louco? como você põe um bilhete desses logo na cadeira da mulher que não sái da sua cabeça. Você acha que ela vai pensar o que de você? Vai pensar que se trata de um assassino, ladrão ou coisa parecida, é isso que você quer?

 – Claro que não mamãe, mas me responda: É ou não é um crime eu ter que jogar fora todo esse sentimento totalmente puro e fantástico que sinto por ela? É um crime sim e ponto final.

Frank Santos

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