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De volta pro Vanila Sky do Futuro – Cap. XI

Capítulo XI – Obstáculos do retorno (Penúltimo)

 
… Antonio acordou-o, como de costume, e se prepararam para a pescaria. Seria a última pescaria juntos. Não sabiam que ela nunca aconteceria…
 
Quando saíram da cabana, uma multidão de microfones, câmeras e repórteres cercaram-nos.
– Sr. Max, por favor, uma declaração…
– Sr. Max, é verdade que veio do futuro?
– Sr. Max, existe vida inteligente em outros planetas?
– Sr. Max, haverá a terceira grande guerra?
E Max, atordoado, não sabia o que fazer. Confuso, via toda a parafernália de gente, microfones, fios, sem responder nada. Antonio puxou-o pelo braço, e saíram correndo em direção à praia. Desviaram no caminho, entrando para dentro da mata, tão bem conhecida por Antonio. Quando pararam, a imprensa já havia sido despistada.
– Foi o Cícero, Gringo. Ele me falou que ficaríamos ricos se contássemos sua história. Não pensei que fosse fazer…
– Tudo bem, Antonio, no meu mundo também aconteceria isso. Não deixaremos de ser humanos… Temos que achar uma maneira de despistá-los até amanhã, quando partirei.
Pelo meio da mata, chegaram à casa de Lena. Contaram tudo que havia acontecido e ela prontificou-se a ajuda-los. Passaram a noite lá. Muito cedo, saíram em direção à praia. Lena ficou de ligar para a imprensa dando uma informação falsa sobre o paradeiro do viajante do futuro.
 
Max procurou o par de tênis que havia tirado na chegada. Encontro-os graças às pegadas deixadas na areia.
– Antonio, quero te agradecer por tudo que fez por mim. Não sei o que me aconteceria se pessoas como seu primo me encontrassem. Levarei com carinho tudo o que seu novo mundo me informou. Quem sabe se ainda não nos veremos novamente…
– Gringo, sua companhia foi pra mim muito agradável também. Quando a nos vermos novamente, só se você vier. Eu não arredo o pé da minha cabaninha e esse mar enorme só pra mim… Sentirei sua falta nas pescarias… Agora se apresse, vamos, deite na posição que chegou e boa viagem…
– Até um dia, Antonio.
– Até gringo, ou melhor, Max A-37.
 
E Max deitou-se, olhou para o sol, amarelo, pela última vez em sua vida. Fechou os olhos, apertando o minúsculo dispositivo implantado em sua orelha.
 
… continua…

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Marcos Claudino

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