Simplicíssimo

Crime e castigo

Violentos Haikais 135/X

Canalha, uma armadilha.
Fone exato, seu Busatto.
Por certo, formação de quadrilha.

Faroeste 120/X

Amor mais forte
linda consorte
Você é meu norte.

Este título daria um livro, talvez até famoso.

Andando pela rua, já cambaleando, pensando na noite mal dormida, em que bebia para esquecer tudo aquilo que deveria ser apagado da minha memória. Antes usasse uma daquelas armas de esquecimento do MIB. Antes pudesse fazer tudo certo, sem deixar nenhuma mancha sequer para meus semelhantes.

Muitas vezes, quando vejo almas iguais a minha vagando pela madrugada, tenho a impressão que alguns podem compartilhar o mesmo sentimento que sinto de viver em uma sociedade hipócrita, que dá esmolas nas esquinas, é contra o aborto e as putas, e está morrendo alcoolizada, vítima das mazelas da AIDS e do desamor para com crianças indesejadas.

Será a humanidade uma forma de viver dentro de uma caverna de Platão onde os escolhidos não podem ser ouvidos por estarem longe demais, sendo, com isto, tacados de visionários e loucos?

Será que o castigo auto-imposto aos homens é benéfico para a sociedade? Será que os castigos da sociedade são uma dádiva aos homens de bem?

Isabellas, fetos e desafetos. Erros estratégicos, políticas erradas, entendimentos parciais de uma realidade multifacetada que premia cegos em terras de quem tem um olho só.

A vida de todos passa por um túnel, Túnel das conceições, conceições sem túnel. Mulheres sem saída, que dão a vida para que os trens não venham das contrárias direções. Direcionamentos de cima, que atropelam e dizimam quem só queria uma vida justa. Para si e quem viesse por trás. E olha que não são as putas.

De ré na contramão, contra-ventando.

Pedro Armando Furtado Volkmann

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