Violentos Haikais 83/X
Cachorro, cão vadio
Na carrocinha, vida não tinha
Por isto ganiu.
Faroeste 69/X
Fanta com tequila;
Você a dançar, eu a te olhar,
Como é bom senti-la.
– Chega! Não vou mais discutir com você!
– Por quê? Eu quem mando aqui! Além do mais esta discussão vai longe, estamos chegando a pontos comuns…
– Não cara, não é isto, você não entendeu nada. Não vou falar mais nada, tenho este poder.
– Que nada, você diz que pode, eu também digo que posso, para um poder o outro tem que ceder. O mundo é assim!
– …
– Que nada, quem cala consente, então tenho a certeza que você não pode nada, viu perdedor…
– …
– Esta tirando onda, acha que vou cair nessa, se você tem o poder de ficar calado eu também tenho!
– Hahaha! Você está falando…
– Te peguei, com um truque de poder fiz você falar de novo…
– Não pegou nada, eu mando em mim, não é você que manda em mim… Fiz porque quis.
– Mentira, nossas ações tem a ver com nosso passado e os gatilhos atingidos pela situação. Ninguém pode nada, todos são escravos do seu passado.
– Então você também é. É obcecado em mandar, quando criança deveria ser pau mandado.
– Tudo bem, até posso ser, mas do meu jeito consegui fazer a discussão chegar até este ponto. Você que não queria mais falar foi manipulado para chegar até aqui. O autor fez isto acontecer… Ih, será que não tenho poder? Que estou a mercê do autor como naquele conto do Veríssimo?
– Que nada, você chegou até por que eu quis, agora o poder passa para minhas mãos, a lauda está acabando e a discussão vai parar por aqui, vou ficar quieto para sempre… Ganhei, não expressei minha opinião, tenho poder sobre isto.
– Que nada, quem tem Poder mesmo, neste caso, é o Rafael, que pode não publicar o simplicíssimo e ninguém vai ficar sabendo o que discutimos…
…
Ih! Alguém tem o poder de saber onde isto vai parar?
De ré na contramão, para poder e não poder etc. e tal.
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