Simplicíssimo

Vamos invadir sua praia

Violentos Haikais 68/X

Luta contra tudo
do MST à Aracruz, sua cruz
Gente sem estudo

Faroeste 55/X
Como é bom te amar
Contigo sonhar, te olhar
(mesmo que com rimas pobres)
com muito amor para dar

 

Vamos invadir sua praia

 

            Pensei que tinha acabado! Quando Bovet (não sei se o nome dele se escreve assim) invadiu o McDonald’s, pensei que as pessoas pudessem ter imaginado algo diferente para fazer em relação às mega-empresas que controlam o mundo nas suas respectivas áreas.

            Estas empresas dão milhares de empregos, fazem pesquisas e produzem produtos muito importantes para a nossa vida.

            Concordo leitor! Você não está acostumado a ver um começo de texto tão capitalista aqui nesta coluna que se intitula “I-racional”. Tudo bem, vamos aos fatos.

            Uma empresa como a Aracruz, que substituiu a Borregard, que era famosa pelo mal cheiro que deixava sobre Porto Alegre, merece respeito. Desde os tempos da RioCell (que nome mais marketeiro)…,  esta fábrica de celulose, situada no município de Guaíba, vem estudando e implantando formas de combater a poluição gerada por ela.

Não! Não é pela sua consciência ecológica, acredito eu, mas sim, pelas pesadas multas impostas agora pelo governo, mas, pelo menos, está fazendo.

Agora, vejam vocês, o produto feito por esta empresa está com os dias contados. Espero que vocês não tenham imprimido meu texto, porque daí poderão saber o quanto de verdade está escrito nestas linhas. Papel está se tornando obsoleto. Não sou daqueles que acha que a tv iria substituir o rádio e coisas assim, mas sei que certas práticas podem mudar, tais como o uso de aparelhos de fax e máquinas de tortura.

Assim como não acho correto o que faz uma multinacional como a Aracruz e a Mon-Santo, também não acho que invadir a sede de uma empresa e praticar atos de vandalismo sejam a solução para acabar com os problemas do mundo.

            Acredito que a forma mais correta de mudar o mundo é olhar para dentro de nós mesmos e mudarmos a nossa realidade (arrumando nosso quarto, por exemplo) e olhar para fora, para continuarmos nossa mudança, em um ciclo infinito.

            Uma coisa é certa, o feudalismo caiu quando os senhores feudais descobriram que era mais lucrativo ter cidadãos livres trabalhando para eles do que servos que nunca iam ter nada além do que era necessário para eles viverem. A produtividade era muito maior. Da mesma forma, uma pessoa da classe média hoje vive com muito mais conforto do que viviam os reis do início do Século Vinte. O mundo está fazendo uma curva para a esquerda, de forma um tanto quanto lenta. Espero que de tempo para salvar a nossa espécie.

 

De ré na contramão, assim, quando acharem que vou invadir, já estou de saída!

Pedro Armando Furtado Volkmann

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