Simplicíssimo

Edição 316 (19/02/2009) – Todo Carnaval tem seu fim

Desde criança, sempre nutri uma certa antipatia por este Carnaval que vejo na televisão. Esse das escolas de samba no sambódromo, dos artistas emperiquitados exibindo suas "qualidades" físicas na avenida em posição de destaque enquanto o povão, aquele que trabalhou duro durante 9 meses para gestar os carros, as alegorias, as fantasias, enfim, o Carnaval, eram relegadas a posições terciárias…

De todo modo, esta crítica não passa de um desabafo vazio de alguém que nunca visitou o Rio de Janeiro durante as festividades carnavalescas. Bastaria o depoimento verdadeiro de um folião do povo para derrubar minha análise pessoal. Portanto, pergunto a mim mesmo: "Rafita, porque no te callas?" Então me calo.

Me calo mas só pra dizer que prefiro muito mais o Carnaval de Salão ou o Carnaval de Rua de Laguna, Recife, Olinda… Ali sim, todas as tribos tem direito às ruas. São verdadeiras zonas autônomas temporárias que se instalam em um intervalo de tempo e espaço determinado, entretanto as memórias daqueles dias podem ultrapassar em muito este intervalo, para o bem ou para o mal.

Fica entretanto (e vem lá do Rio de Janeiro) uma mensagem de otimismo sobre o Carnaval, e quem nos entrega esta mensagem é o amigo Marcelo Camelo. Diz lá Camelo:
{youtube}J16o9bYS-no{/youtube}
Um bom descanso a todos que, como eu, vão utilizar o feriado para recompor as energias. Aos foliões, que este seja o melhor Carnaval de suas vidas!

Rafael Reinehr

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