Simplicíssimo

Matriarca

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MATRIARCA

A jaula que encuba o homem
É a jaula do perecer
Cometendo a tortura de pensar
Aludindo o querer de um mamífero
O  vírus humano acopla realidades
Cabe ao oráculo prevê-las
Cabe ao medonho discuti-las

Ratazanas sacodem o meu ninho
E o que eu posso é ninar as vespas
Eu me curvo ao inexistente
Levitando no voto escolhido
Encolhido na jaula da caça

Suguem meu sangue com cuspe
Pois vendo teu cheiro por gritos
Tens cheiro de cobra comendo avelã
Lavando teu nome me limpo
No limpo agreste dos deuses
Levanto os pilares da criatura enjaulada

Você bem sabe quem sou
O criado da velha cegonha
Suponhas meu ser um coelho
Correndo no campo dos falsos
Pois saiba que sou o centeio
Que acode o homem sem jaula

Matriarca Tristão da paixão
Enxertar o destino da caça
Condensar a leveza da pedra
Talvez você possa dizer
Que não sabe o sentido da coisa
Más seu ego simplório já grita
O escudo de um renegado, estendido e criado na jaula

Esquentemos o couro científico
Na nomeclatura coloidal do lítio
Tributemos a medicina do Corvo
Lhe diga por que tal leitura
Aliado a separação sem acento
Separa-se uma mistura
E nela se coloca a resposta
Suposta ou não
Uma criatura da jaula escreveu:
__ Rabiscaram meu imaginário ?
O pai atormentado gritava.
__ Matem essa lunática!
Ela corria a seu encontro de joelhos a sugar-lhe o sangue.Que a pouco lhe escorria, as víceras apodrecidas no vômito fedido de um vírus, que a ela doara com o amor do glóbulo; que trduzia a mutação de um ser mutilado.
__ Terás o que merece vagabunda ,que calça sapatos no esqueleto. Aludindo que estava viva a pobre alma.
Sacudiu seus ossos ao encontro da placenta. Que lhe acolhera como quem segura um vômito.
Terás um longo caminho pelas ventas
Recosto no último sentido da verdade
Liberte sua prole
E dê cadência a seu ensaio
Ótimo por sinal, e a teoria da relatividade
Anexado a física do ilusório
Que graças ao tempo tudo consegue :
Um relógio novo para a órbita do universo
Talvez o casamento de Lia, com a passividade
Que nada faz além de aceitar
Que está demarcado seu lugar num inóspido planeta.

Que seres a sua volta fazem parte do seu destino.
“Eu não faço. Eu desfaço cada gota de certeza
Por ninguém e pra nada
No velório de meu pai
Minha mãe me enterrou
E você já enterrou sua mãe
Não a que pensas…
Más a que “criou-te”

Uma jaula sem cria
É o que merece
O racional da verdade
É que um ‘ PHD ’ em mentiras me enganou
E você dispertou para a realidade
Se não amém
A dama já vem
Com pedras na mão
Quebrar o meu crânio
No negro da noite
Enjaular minha cria
Que fugiu do curral
Que comprou meu silêncio
Que encobriu sua jaula
Na realidade humana
Criatura sem jaula.

PANDORA AEDO

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