no cu do mundo, no oco da boca banguela da magra terra (a loba faminta que a todos engole), plantaram o zé, que a vida apelidou ninguém e que o tempo chamará lembrança. ficaram: maria, que a morte apelidou viúva, que a viuvez apelidou coitada, e as gurias, que a situação apelidou putas.
Você também poderá gostar
A negra Jaci
A luz tremeluzente do lampião sobre a mesa rude deixava o negro como se fosse uma imagem em preto e branco, recortada no centro da cozinha. Comia mogango com leite e chupava a colher fazendo um barulhinho chiado...
164 leitores
Dois cruzeiros
Sem rumo pela tarde sem fim, na cidade de avenidas infinitas. Tinha, agora, dois cruzeiros. Tomei um sorvete, fiquei com um. Conjeturei, fiz planos e decidi: entrei na tabacaria e apostei na loto – um cruzeiro...
132 leitores
Manhã cedo
cachorro ganindo por bóia e carinho mais por carinho do que por bóia esses bichos são assim MANHÃ CEDO dia comprido o ócio cansativo de costurar palavras alguns remendos arremedos de...
120 leitores
Comente!