Violentos Haikais
77/X
Só politicagem
só tem opção se molha a mão
pura sacanagem
Faroeste 64/X
Final de semana
sem um porém, sem ninguém
o amor emana
INDIGNA NAÇÃO (II de III)
Uma das coisas mais importantes para acabar de vez com a violência física é fazer com que os cidadãos do bem se dêem conta que tem que olhar para esta questãocomo um sistema. Desta forma, podem se colocar fora dele e parar de alimentá-lo. Parece uma contradição se levarem em conta o que eu disse na semana passada, afirmando que não poderíamos encarar esta faceta do ser humanocomo tal. Porém, enxergar as interações que acontecem pode trazer a consciência de não retroalimentá-lo. Não podemos recomprar um pneu. Não podemos ir à feira de Acari. O sistema tem que entrar em colapso para deixar de ser efetivo.
Veja bem, se os ladrões não encontram formas de vender o produto de seus roubos, isto tende a desaparecer. Outra forma bem simples de acabar com este tipo de coisa é fazer com que a lei máxima do marketing não seja mais aplicada: a do máximo lucro possível: desta forma os preços cairão de forma vertiginosa. É claro que um grande componente embutido nos valores pagos por qualquer consumidor são os impostos que pagam a máquina estatal, muitas vezes inchada e corrupta. Desta forma, fica claro que criar uma forma de governo onde os controles sejam feitos a exemplo das empresas privadas, impedindo abusos, funcionários ineficientes e gastos desnecessários é uma excelente forma de diminuir a violência.
Um outro dado muito relevante para esta questão foi trazido ao meu conhecimento por um grande amigo meu, psicólogo, que fez um estágio dentro da Brigada Militar (para quem não é gaúcho ou brasileiro – a BM é uma das polícias aqui do nosso estado). Muitos dos soldados ingressam nesta polícia por quererem estar vigiados de alguma forma, pois necessitam disto para não cometer crimes. Muito triste, mas real.
Enxergar o mundo todo como uma sistema é ainda pior, pois faz com que todos nós, inclusive eu e você sejamos culpados por toda esta violência que ronda nossas vidas. Veja só: vamos analisar as premissas para fazer um grande plano de marketing para a violência. Público-alvo e concorrência na INDIGNA NAÇÃO parte III.
De ré na contramão, para acabar com o sistema!
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