Simplicíssimo

Edição 323 (10/05/2009) – Das coelhinhas

E não é que sobrou para mim fazer o editorial, já que o Rafael e o Eduardo encontram-se agora demasiadamente ocupados numa acirrada discussão sobre o comunicado virtual do último editorial (322 na edição temática sobre o 1° de abril)? E bem que eu queria, nessa minha primeira experiência como editor, falar sobre a Páscoa, acontecimento “da hora”. Mas acontece que não posso me manifestar depois que fui excomungado pelo padre Antônio.

Isso aconteceu há quase 4 anos, quando cometi a burrice de acreditar na minha mãe de que o confessionário era um lugar sagrado em que podíamos falar tudo o que nos afligia. Foi justamente lá que confessei estar gastando horrores de dinheiro (quase toda minha mesada) na compra de camisinhas para trepar com a doce irmã Dulce. Sei que é uma redundância, mas minha eterna e agora impossível amada se chamava assim e me fazia babar muito todo domingo em que vestia aquele hábito preto, escondendo a xoxota apertadinha que botava no chinelo qualquer coelhinha da playboy. E no meio da semana, como eram bons aqueles encontros secretos na sacristia onde ela me dava algo muito mais delicioso do que os retalhos de hóstia.

Mas também sentia uma culpa enorme ao vê-la na missa rezando sem parar e rogando perdão e mais perdão. Já estava me acostumando com a idéia de ir para o inferno. Só fui me sentir aliviado uma semana depois da maldita punição, quando Dulcita me falou que o padre Antônio também sempre usara camisinha com ela. E então descobri que tudo não passava de mais um problema passional, onde o ciúmes imperou sobre a lógica e o desejo, num típico roteiro hollywoodiano.

Me doeu muito, mas por amor mantive em segredo tal revelação. Não queria prejudicar a doce Dulce. E ainda por cima acabei saindo no prejuízo, já que minha mãe ficou puta (no outro sentido é claro!) e cortou minha mesada (ainda bem que não cortou outra coisa). Ah, acabei ressuscitando no terceiro dia, mas isso é uma outra história, para um outro editorial, se eu ainda tiver outra oportunidade por aqui…

P.S.: respeitem a sexta-feira santa e não comam dessa carne. Exceto se for uma sereia, porque peixe tá liberado! E eu, mesmo não sendo mais católico, adotei o velho ditado: “o que cair na rede é peixe!”

Ibbas Filho

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