Simplicíssimo

Sem título(09)

Reescrever-me em corpo presente

Volátil corpo fugidio

Tecido de indesejadas e imprecisas ausências

Enganoso e fugaz nascimento

Realidade e ficção

Tumulto e revolução

Expor-me em manifesto grito livre

Seguir no vendaval em turbilhão

Ser híbrido

Ser mutação contínua

Com mortes choradas

Com despedidas pintadas

Coloridas em cor de vida.

Crer e não crer

Na crença do eterno devir

Fazer da luz

Cristal e sabedoria

Complementares visões da alma

Saber e ser de humanas diversidades

Ser busca encontro e claridade

Ser viajante em incessantes demandas.

Dionísio Dinis

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